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MORADIA PARA TODOS


24.04.2012



Por Milton Bigucci
 
A construção civil no Grande ABC emprega atualmente 39.482 pessoas, pelo balanço do CAGED. Foi o segmento que mais cresceu (9,8%) nos últimos 12 anos. Graças a Deus, pois o trabalhador que produz merece ter um emprego digno e ganhar bem. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem ajudado muito e a Caixa e o Banco do Brasil reduzindo os juros do financiamento também.
Este ano deverá haver uma acomodação na venda de imóveis. Os lançamentos já estão menores, para que os estoques se reduzam, sem perder o foco.
Não acreditamos em qualquer lapso no mercado, o que há são menores lançamentos das grandes empresas, que precisam desestocar para voltar a lançar. Os produtos de menor valor (até R$ 500 mil), pela carência de imóveis, continuam tendo grande procura. Os superiores são mais seletivos, para uma classe diferenciada, como sempre foi.
            Cada vez mais os governantes estão se preocupando com a mobilidade urbana. Apenas como comparação, Pequim, na China, tem 372 km de metrô e São Paulo apenas 75 km. As linhas de ônibus também devem aumentar rapidamente.
            O saldo da poupança em 2011 fechou com R$ 331 bilhões, 10% acima de 2010. O financiamento imobiliário encerrou 2011 com R$ 114,1 bilhões, 36% a mais que em 2010. A migração de aplicações da renda fixa para fundos imobiliários pode ser uma alternativa para qualquer eventual esgotamento da poupança para suprir o déficit de 5 milhões de habitações.
Não há bolha ou risco no Brasil, pois a média de financiamentos imobiliários é de 65% do valor do imóvel. Nos EUA, no “sub prime”, na crise, chegaram a financiar até 120% do valor. A garantia no Brasil é boa. Não há insegurança.
Quem não é do ramo tenta explicar, mas não consegue. Nos EUA foi totalmente diferente.
No Brasil, o crédito imobiliário é de apenas 4,9% do PIB. Nos EUA é de 80%, na Alemanha 48%, Índia e na China 11%. Temos ainda muito espaço para crescer.
A ampliação das despesas públicas, o aumento do número de funcionários concursados ou não, os ministérios que passaram 27 para 39 nos últimos anos, a carga tributária maior, a baixa produtividade do trabalhador brasileiro (ocupa a 15ª posição na América Latina), a nossa indústria que perde espaço pelos excessos de encargos na folha de pagamento e a competição com o real forte, são as principais preocupações. A saída é reduzir os gastos públicos, desonerar a indústria, aumentar a produtividade e segurar o real de uma forma mais forte. A indústria não pode cair, pois isto sim causa insegurança na população.
Dia destes foi aprovada a lei que cria o Fundo Complementar do Servidor Público Federal, limitando o valor da aposentadoria de quem não contribuir para o fundo. Foi a lei mais importante dos últimos anos para reduzir o custo Brasil.
Estamos no caminho certo. Desde os primórdios, aplicar em imóvel é certeza de boa aplicação. Assim já diziam meus pais. E nunca se esqueça, para comprar ou vender um imóvel, procure um corretor, que é quem entende da matéria.
 
 
*MILTON BIGUCCIé Presidente da construtora MBigucci, presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP, Diretor do Departamento de Construção Civil da FIESP, autor dos livros “Caminhos para o desenvolvimento”, “Somos todos responsáveis – crônicas de um Brasil Carente” e “Construindo uma sociedade mais justa”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.
17/04/2012
 

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