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CAIXA LANÇA PROGRAMA DE FINANCIAMENTO À PRODUÇÃO DE LOTE URBANIZADO, ANTIGA REIVINDICAÇÃO DO SECOVI-SP

09.08.2017













O presidente da República Michel Temer esteve na sede do Secovi-SP, na tarde desta terça-feira, 8/8, durante lançamento do Produlote, linha de crédito para produção de lotes urbanizados desenvolvida pela Caixa Econômica Federal, atendendo a antigo pleito do setor de desenvolvimento urbano.

“Só neste ano, serão destinados R$ 1,5 bilhão a essa linha financiamento. Inclusive, quem já tem lote em produção pode recorrer à Caixa para a contratação dessa alternativa”, disse Gilberto Occhi, presidente do banco, emendando que o crédito será limitado a 70% do custo, limitado a 50% do VGV (Valor Global de Vendas).

“Antes mesmo da Lei nº 6.766, que é de 1979, os loteadores buscam junto aos bancos alguma forma de financiar a produção, cuja responsabilidade ficou, até hoje, com o empresário desenvolvedor urbano. Com financiamento direto, os empresários acabam carregando os compradores em suas carteiras de negócios por até 20 anos”, esclarece Caio Portugal, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP e também presidente da Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano).

A iniciativa também foi comemorada por Flavio Amary, presidente do Secovi-SP, entidade que há anos pleiteava esse produto em benefício da produção de lote. “É importante aproveitar esse momento para enfatizar que tivemos aprovação da PEC dos gastos, lei da regularização fundiária, inflação em baixa, melhora nos índices de confiança dia a dia, bolsa de valores subindo, entre outros”, acentuou. Fez referência, também, ao início, ainda que modesto, da reversão de um dos indicadores mais cruéis da crise, o desemprego.

Para Michel Temer, presidente da República, o Produlote ajuda a fomentar o crescimento econômico e contribui para a abertura de postos de trabalho. “A construção civil é o setor que mais rapidamente gera empregos”, justificou. Celebrou, ainda, que, mesmo em meio às conturbações políticas, seu governo tenha tocado relevantes ações, muitas delas angulares para a produção da iniciativa privada – casos da modernização das leis trabalhistas e da terceirização.

Trabalho conjunto – O Produlote é a primeira linha de crédito voltada à produção de loteamentos urbanos por empresas loteadores e desenvolvedoras urbanas. O produto ganha a prateleira de crédito imobiliário da Caixa como algo inovador e diferenciado. De acordo com explicações do vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson de Souza, o empreendimento pode ser produzido e contratado em módulos, medida que permite facilitar a produção e as vendas.

Durante a fase de obra, a empresa paga juros e atualização monetária apenas sobre o valor do financiamento liberado, que obedece a evolução do cronograma das obras dos loteamentos. Após a conclusão do empreendimento, a empresa tem até 54 meses para quitar o financiamento.

Para conseguir o financiamento com a Caixa, a empresa tem de preencher uma lista de requisitos, que inclui comprovação de situação cadastral regular e saúde econômico-financeira; apresentação de faturamento anual a partir de R$ 15 milhões; localização do empreendimento em área urbana; aprovação do projeto de implantação do loteamento na prefeitura e dos projetos de infraestrutura. Além de tudo isso, os empreendimentos terão de apresentar demanda mínima de comercialização de unidades, dentre outras exigências.

A Caixa analisa a viabilidade econômico-financeira e negocial do projeto de empreendimento apresentado ao banco, bem como os aspectos jurídicos e de risco de crédito.

Aumento da oferta – O Produlote é resultado de pelo menos quatro meses de estudos desenvolvidos por grupo de trabalho formado por representantes do Secovi-SP, da Aelo e de técnicos da vice-presidência de Habitação da Caixa.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Habitação, as características do Produlote devem atender as necessidades de mercado, pois o seu desenho possibilita ao empreendedor oferecer várias garantias à Caixa na tomada do crédito. “Essa flexibilidade permitirá que as empresas sigam suas dinâmicas próprias. Facultar a amortização a partir da entrega da obra vai aliviar o fluxo de caixa das empresas, possibilitando que elas alavanquem a produção. Em médio prazo, isso pode significar redução de preço, é claro, se o mercado responder positivamente e absorver os lotes que vierem a ser produzidos”, opina Portugal.

Para ele, o maior impacto da linha de financiamento no setor será o aumento na dinâmica de ofertar lotes ao mercado. “O aumento da oferta vai beneficiar principalmente os compradores, que encontrarão lotes a preços cada vez mais acessíveis. Importante dizer que isso será diretamente proporcional ao custo dessa linha de produção e de quanto ela poderá baratear o financiamento. O custo do dinheiro é um insumo importante para a nossa indústria, e quanto mais baixa for, mais vai auxiliar a redução do preço na oferta”, conclui Portugal.

   

Mais detalhes em www.caixa.gov.br/empresa/produlote/Paginas/default.aspx

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