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CONSTRUTORAS ESPERAM APROVAÇÃO DE PLANOS DIRETORES PARA AUMENTAR INVESTIMENTOS

26.02.2018












Apesar do otimismo para a recuperação da área da construção civil neste ano, as construtoras da região ainda esperam do poder público ações para aumentar o incentivo para o setor. O principal ponto aguardado é a aprovação dos respectivos projetos de Plano Diretor, fato que pode contribuir para iniciar o retorno das obras no ABC.

Os planos diretores são aguardados na região desde os debates da quinta edição do evento Construindo o Grande ABC, promovido pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) e que contou com o apoio do RD, realizado em outubro do ano passado. A principal discussão foi como as prefeituras poderiam ajudar na retomada da construção civil.

Desde então, o setor ainda espera as movimentações em vários municípios, principalmente em relação aos incentivos. Segundo o presidente da Associação, Marcus Santaguita, Santo André foi a cidade que mais avançou desde o encontro de 2017. “Santo André vem tomando medidas de incentivo para o nosso setor, no sentido de desburocratizar. Vem avançando bem”, explicou.

Apesar dos incentivos iniciais, a Prefeitura andreense ainda trabalha na revisão do atual Plano Diretor. “Os trabalhos estão em andamento e o principal foco é a compatibilização do adensamento urbano com a infraestrutura de transporte, redes de água, esgoto, drenagem, sistema viário e serviços públicos (saúde, educação e lazer)”, afirmou o Paço por meio de nota.

No caso de São Bernardo, ainda é esperado o plano sair do papel. Segundo a Secretaria de Planejamento Urbano e Ação Regional, os técnicos ainda elaboram estudos para alterações tanto do Plano Diretor quanto da Lei de Uso e Ocupação do Solo. “Os principais pontos abordados nas pretendidas alterações são: a atualização da legislação vigente, bem como do desenvolvimento social e econômico sustentável”, pondera a Prefeitura, também por nota.

Em relação à construção civil, a administração destaca que “vários estudos encontram-se em elaboração de modo a propiciar o maior volume de empreendimentos respeitando a infraestrutura existente, o adensamento adequado e o impacto que estes empreendimentos podem causar ao município”.

Sobre São Caetano, Santaguita considera que existem dificuldades, por “não ter interesse do poder público para verticalização, pois não tem mais espaço”. No caso de Diadema, o empresariado também aguarda o Plano Diretor, que está em debate no município. Procuradas, as duas cidades não responderam sobre seus planos.

Mauá

Adjetivada por Marcus Santaguita como “a nova menina dos olhos dos construtores”, Mauá acabou dando “um passo atrás” quando aprovou uma taxa para a construção civil. “A lei de Mauá não é ruim, mas essa taxa acabou afastando um pouco o investimento”, explicou.

O fator que coloca Mauá como o novo alvo para investimentos do empresariado, segundo o dirigente da entidade, é a quantidade de terrenos que podem ser usados para construção de novos empreendimentos, algo que ocorreu em Diadema entre 2010 e 2013. Apesar da característica parecida, o setor não acredita que haverá a mesma quantidade de investimento como no início da década.

Sobre Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, os empresários ainda encontram dificuldades. Ambas estão em áreas de mananciais. “O município está inserido 100% em área de mananciais e o crescimento precisa se pautar sempre pelos parâmetros da APRM (Área de Proteção e Recuperação de Mananciais)”, afirmou a Prefeitura rio-grandense-da-serra.

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