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“CRÉDITO MAIS FÁCIL FAVORECEU VENDAS NA PANDEMIA”, AVALIA MILTON BIGUCCI JUNIOR

16.11.2021

Nem mesmo a inflação da construção civil atingindo 10,16% em 2020, a maior taxa da série com desoneração iniciada em 2013, segundo o IBGE, 6,13 pontos percentuais a mais que 2019, segurou o crescimento da construção civil na opinião do empresário Milton Bigucci Junior, que também é presidente da ACIGABC, membro da vice-presidência de Tecnologia do Secovi-SP e representa a entidade no Comitê de Tecnologia e Qualidade do Sinduscon SP.


Para ele, a pandemia fez com que as pessoas dessem mais valor ao ambiente residencial. O “fique em casa”, aliado à maior facilidade de crédito, fez com que o mercado recuperasse em pouco tempo a queda sentida no começo da pandemia, em 2020, momento em que por algum período as vendas praticamente zeraram. Junior conta que a construtora MBigucci, da qual faz parte há 36 anos, fundada pelo seu pai, o empresário Milton Bigucci, pretendia lançar em 2021 quatro empreendimentos, mas acabou dobrando o número de lançamentos, chegando a 8. De acordo com dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expectativa para o PIB do setor em 2021 subiu de 2,5% para 4%, maior crescimento registrado desde 2013. Durante a pandemia, o mercado da construção civil conseguiu driblar os efeitos da crise e foi considerado um dos principais setores de geração de trabalho e renda do país.

Junior explica que a pandemia provocou um novo conceito nos empreendimentos e até algumas unidades que estavam sendo executadas pela MBigucci tiveram que ser readaptadas. “O coworking, seja no interno do imóvel ou no piso térreo do empreendimento e as áreas de delivery vieram para ficar”, afirma o empresário que acredita que a pandemia trouxe uma grande mudança na forma de trabalho e que a tendência é que isso permaneça. “Hoje podemos fazer reuniões remotas com diversas pessoas e até grupos e termos os mesmos resultados de trabalho, economizando tempo, combustível. Acredito que essa tendência permanecerá. Não acredito que ela excluirá de vez a necessidade do trabalho presencial. Mas acredito que essa diminuição será mantida e isso refletiu diretamente no ambiente domiciliar, que passa a ser também, em grande parte, o de trabalho”, opina o empresário.

Inflação: a alta nos produtos e materiais da construção civil refletiram no preço final dos imóveis. “Foi impossível não repassar esse aumento para o consumidor final, infelizmente”, afirma o empresário citando como exemplos o ferro e o aço, que registraram aumento considerável em virtude da queda da produção com a pandemia. “Tivemos um aumento grande no número de vendas no mercado em 2020 e 2021, mas eu acredito que esse crescimento tende a ser menor em 2022”, prevê o empresário, que comemorou esse ano, pela terceira vez, o resultado divulgado pela revista Isto É Dinheiro onde a Construtora MBigucci foi eleita a Melhor Construtora Imobiliária do Brasil.



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